Títulos “verdes” são a aposta para trazer mais sustentabilidade para as empresas
03/11/2024
O empresário brasileiro já entendeu que a agenda ESG será uma demanda fixa para a valorização de seu negócio e um diferencial em termos de competitividade, dado que um levantamento da Ecolab indicou que 78% dos consumidores do país estão dispostos a pagar mais se o produto for sustentável, e 58% pararam de usar ou comprar itens por conta da quantidade de água necessária em sua produção.
Felizmente, os avanços nesse campo se revelam nos números surpreendentes levantados pela pesquisa do IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Segundo a Pintec 2023, Pesquisa de Inovação Semestral, a maioria das indústrias brasileiras de médio e grande porte implementou algum tipo de iniciativa ou prática ambiental no ano de 2023. O documento também revela que cerca de 53% das empresas enxergam as regulações ambientais como um fator essencial para ações em sustentabilidade.
Mas esse não é o único! Conforme uma análise do Insper e da Assetz com diretores financeiros do Brasil, a emissão de títulos verdes, como os green bonds e os sustainability bonds, será o segundo principal foco da área financeira nos próximos anos para a agenda ESG. Conforme a 4ª edição da pesquisa “O Perfil do CFO no Brasil”, após os títulos “verdes”, as outras prioridades são a economia circular, a energia limpa e renovável, a redução de emissões de carbono e os projetos de preservação da biodiversidade, respectivamente.
Complementando essas observações, pode-se apontar os métodos para alinhar desenvolvimento econômico e sustentabilidade apresentados no Seminário Políticas Industriais no Brasil realizado na Confederação Nacional da Indústria (CNI). O secretário-executivo adjunto do Ministério da Fazenda, Rafael Debeux, listou exemplos de medidas e incentivos para um novo modelo de desenvolvimento: criação do mercado regulado de carbono, emissão de títulos soberanos sustentáveis, debêntures incentivadas e debêntures de infraestrutura, captação financeira de longo prazo e taxonomia sustentável.
Saiba mais nos sites Estadão, Portal da Indústria, Agência Brasil e Revista Exame.