Sustentabilidade na mineração ganha novas ideias e estratégias

A mineração tem buscado diversos recursos para transformar suas operações e torná-las mais sustentáveis, sem perder a eficiência e a segurança. Uma das propostas é aplicar boas tecnologias, como foi discutido no 8º encontro do Grupo de Trabalho criado por líderes empresariais do Brasil e da Alemanha. Eles debateram sobre o fortalecimento da Indústria 4.0 e a implementação do protocolo OPC-UA no setor, um sistema que eleva os patamares de automação e interconectividade nas operações das minas.

A tecnologia também se mostra presente em uma nova técnica para a extração de lítio. A eletrodiálise de casal redox (RCE, sigla em inglês) promete uma extração sustentável com voltagem ultrabaixa, alta eficiência e alta seletividade, a um custo 40% menor do que o método dominante atual. Com esse método, o preço de mercado do minério pode cair até 75%. O RCE foi apresentado por pesquisadores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, que consideram a nova estratégia mais confiável e sustentável no uso de água, de produtos químicos e da terra do que os processos tradicionais.

Quanto à sustentabilidade, outro tema importante no mercado de mineração são os minerais críticos, elementos essenciais para a transição energética. Um relatório inédito da ONU recomenda que seja criado um sistema global de rastreabilidade de minerais críticos para a transição energética. A ideia é que possam ser evitados impactos negativos aos direitos humanos ou danos ao meio ambiente com o aumento da demanda desse material. A proposta prevê transparência e responsabilidade ao longo da cadeia ao listar sete princípios orientadores, como, por exemplo, colocar os direitos humanos no centro das cadeias produtivas.

No Brasil, o setor minerador tem encontrado diversos incentivos, como um acordo entre o país e a Índia, em que ambos se comprometem a trazer um debate sobre a cooperação no domínio dos minerais críticos e das suas cadeias de valor. Além disso, a ABAL — Associação Brasileira do Alumínio — promoveu o encontro “Financie seus projetos de descarbonização” para ajudar no financiamento da descarbonização da produção de alumínio. Por fim, o Comitê Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex) subiu para 25% o Imposto de Importação para 11 tipos de produtos de ferro e de aço, atendendo ao pedido do Sindicato Nacional da Indústria de Trefilação e Laminação de Metais Ferrosos (Sicetel) sobre concorrência desleal em relação aos produtos importados.

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