

Relatório traça caminhos para o melhor modelo de mercado de carbono para o Brasil
11/03/2025
Com o propósito de direcionar o governo federal por meio de subsídios técnicos, a ICC Brasil (Câmara de Comércio Internacional) e a WayCarbon fecharam uma parceria e, com o financiamento da UK PACT Brasil, desenvolveram o primeiro relatório que sugere passos para a utilização de créditos de carbono, com a adoção de padrões robustos – priorizando projetos nacionais e setores estratégicos – e alinhados às melhores práticas internacionais, como as reconhecidas certificações VCS e Gold Standard.
Enquanto o cenário ideal para o mercado de carbono brasileiro é debatido, iniciativas têm sido construídas por aqueles que já reconhecem o potencial desse sistema. Uma delas veio da climatech brasileira Ca'arbom, que entende que o Brasil tem um potencial de mitigar as emissões do transporte aéreo internacional ao ofertar mais de três bilhões de créditos de carbono por desmatamento evitado. Por isso, a empresa está trabalhando em parceria com certificadoras e estados brasileiros para que sejam criadas jurisdições para a emissão de créditos de projetos florestais.
Já a ZEG, empresa do Grupo Capitale, lançou mais uma unidade de negócios para geração de créditos de carbono, agora dedicada à conservação florestal da Amazônia. Ela irá ofertar títulos certificados pela Verra, baseados em projetos REDD+ seguros. No sul do país, em Santa Catarina, representantes da indústria se reuniram para discutir as oportunidades de negócio com a regulação do mercado de carbono. Eles apontaram que o básico precisa ser feito, como a produção de inventário de emissões, criando uma cultura que se expanda para todos os tipos de empresas, micro, pequenas e médias.
Outra força importante nesse mercado é a pesquisa por novos materiais para a captura de carbono industrial, como é o caso do projeto do Centro de Estudos de Energia e Petróleo (Cepetro), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que irá rastrear os materiais mais efetivos para absorver o CO2. Os especialistas terão como requisitos relevantes desde a estrutura atômica dos materiais até a sua viabilidade econômica dentro do processo industrial. A iniciativa será inteiramente computacional e terá o financiamento da TotalEnergies.
Saiba mais nos sites Fiesc, Eixos e Revista Exame.
