Qual o potencial do hidrogênio de biomassa para produzir energia elétrica?

Essa foi a pergunta que movimentou os pesquisadores envolvidos no projeto que uniu a Âmbar Energia (do grupo J&F) e o Centro de Estudos de Energia e Petróleo (Cepetro) (da Universidade Estadual de Campinas) ao analisar a viabilidade de aplicação do hidrogênio produzido a partir de biomassa para a geração de energia elétrica.

Com previsão de duração de três anos, a proposta de pesquisa e desenvolvimento (P&D) tem o objetivo de produzir biometano, hidrogênio renovável e eletricidade por meio do aproveitamento dos resíduos orgânicos da JBS como matéria-prima. Em um futuro próximo, a meta é escalar a tecnologia para o mercado de energia, especialmente diante dos enormes investimentos que têm sido feitos para a geração de hidrogênio renovável.

Sobre isso, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva (Rede), ao participar do painel do G20 organizado pela Câmara de Comércio Americana (Amcham), defendeu que o potencial para produzir 1,8 bilhão de toneladas de hidrogênio por ano previsto não deve acomodar o país a tratar o insumo como uma commodity, em vista de que é importante valorizar essa energia para transformar a matéria-prima e criar novos produtos e materiais no mercado interno.

De fato, uma novidade se alinha ao argumento da Ministra: o lançamento do primeiro Centro de Excelência em Formação Profissional para Hidrogênio Verde do Brasil. Localizado no Rio Grande do Norte, o projeto é fruto de uma parceria entre o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e a agência de cooperação alemã GIZ. Andrej Frizler, vice-presidente do Projeto H2Brasil, que deu origem ao Centro, comenta: “Esse é um projeto fruto do potencial do Brasil para produção de energia verde e as atividades realizadas nos últimos três anos foram muito bem sucedidas”.

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