Qual a forma mais vantajosa de produzir hidrogênio no Brasil?

O mercado de hidrogênio está a todo vapor no mundo, com vários países estabelecendo suas estratégias de comercialização do insumo, como é o caso da Alemanha que aprovou sua Estratégia de Importação de Hidrogênio e seus Derivados, que inclui tanto o hidrogênio verde como o azul, com a estimava de que 50% a 70% da demanda nacional de hidrogênio e derivados seja suprida por outros países.

Um dos que estão na mira do governo alemão é o Brasil que, após validar o marco legal do hidrogênio, apresenta mais segurança às futuras exportações, segundo avaliação da Câmara Alemã de Comércio. Sebastian Bolay, diretor de Energia, Meio Ambiente e Indústria da Câmara Alemã de Comércio e Indústria, considera que a recente aprovação do marco regulatório aponta um importante passo no fortalecimento das relações comerciais entre Brasil e Alemanha, especialmente dentro do setor energético.

Porém, ainda que haja empenho para o país na exportação de hidrogênio, dado que há a previsão de que esse mercado movimente R$ 188 bilhões em investimentos, conforme estudo inédito da Confederação Nacional da Indústria (CNI), é muito mais interessante economicamente para o Brasil focar a produção descentralizada, ou autoprodução, de hidrogênio verde, utilizando a energia elétrica da rede ou geração distribuída. Pela avaliação da CNI, projetos desse tipo podem se materializar de forma mais rápida por serem menores em escalas de produção e em complexidade comercial.

De fato, o mercado de hidrogênio verde pode ser um dos pontos altos para o avanço econômico de toda a América Latina que tem o potencial de liderar o fornecimento global de hidrogênio renovável, garantindo 25% a 33% da demanda, até o ano de 2030, conforme dados do relatório do Fórum Econômico Mundial em parceria com a Accenture. Dessa fatia, segundo o estudo, o Brasil tem capacidade de capturar cerca de 10% da demanda internacional.

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