Projetos relacionados ao mercado de hidrogênio verde crescem no país

Na corrida pela descarbonização, o Brasil deu mais um passo muito importante com a aprovação do Projeto de Lei nº 2.308, de 2023, que institui o marco legal do hidrogênio de baixa emissão de carbono. O hidrogênio é uma das maiores apostas da economia nacional, pois ele é capaz de armazenar e entregar uma enorme quantidade de energia por unidade de massa e não possui átomo de carbono, como os combustíveis fósseis.

Essa nova etapa irá fomentar ainda mais os projetos que despontam no país, como a parceria entre Suzano e Eletrobrás para a produção de e-metanol a partir de hidrogênio verde, produzido por meio da eletrólise da água e de CO2 biogênico, gerado da biomassa da unidade de produção da Suzano. As pesquisas sobre esse modelo definirão a viabilidade técnica e econômica para o estabelecimento de uma unidade de produção de combustíveis sintéticos, chamados de e-combustíveis.

De olho na potência desse mercado, a Wärtsilä apresentou uma planta de geração de energia elétrica em larga escala capaz de operar a hidrogênio, a primeira do mundo. Segundo a companhia finlandesa, os motores desenvolvidos por ela podem rodar a gás natural com uma mistura de até 25% de hidrogênio ou podem ser convertidos para 100% de hidrogênio. A previsão é que as plantas operem, inicialmente, para geração a gás natural e que, assim que houver disponibilidade, elas sejam convertidas para o hidrogênio renovável.

Finalmente, há também a parceria do Ministério da Fazenda com o Instituto Fraunhofer, organização de pesquisa alemã, com o objetivo de estudar a utilização industrial do hidrogênio verde obtido a partir da eletrólise da água com as energias renováveis. A gerente de projeto da Secretaria Executiva do MF, Sávia Gavazza, explica: “Importante reforçar que a parceria com o instituto não é para consultoria técnica ou para comprarmos tecnologia desenvolvida na Alemanha. Será feito um desenvolvimento conjunto, de forma colaborativa, considerando as potencialidades do Brasil e as demandas da indústria brasileira”.

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