

Preços e ofertas precisam ser regularizados no mercado de minerais estratégicos
11/03/2025
As tensões geopolíticas têm aumentado a urgência do estabelecimento de regras internacionais sobre os preços e ofertas dos minerais estratégicos, material essencial para a economia verde. Esse alerta veio de um relatório produzido pela Agência Internacional de Energia que considera a importância de discutir as melhores estratégias para que os minerais críticos não repitam as oscilações de preços registradas entre 2021 e 2022, com queda significativas e ganhos fortes.
No Brasil, essa pauta avança com o plano de investimento de R$ 15 bilhões pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), órgão vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Esse capital será aplicado em projetos de inovação para as cadeias de Combustível Sustentável de Aviação (SAF), semicondutores, minerais estratégicos e terras raras. O presidente da Finep, Celso Pansera, explica: “Novamente, iremos, em 2025, bater outro recorde, porque os recursos estão disponíveis, fizemos concursos, contratamos funcionários, automatizamos o sistema de gestão, estamos usando muita inteligência, ganhando tração e as empresas sentem-se seguras para apresentar projetos”.
Na iniciativa privada, temos o anúncio da Vale de R$ 70 bilhões em investimentos em Carajás até 2030. Com o Programa Novo Carajás, a empresa pretende ampliar a produção de minério de ferro e cobre, minerais estratégicos em vista da transição energética global. O objetivo é chegar a 200 milhões de toneladas anuais de minério de ferro em 2030 e aumentar a produção de cobre em 32%, alcançando cerca de 350 mil toneladas no mesmo período. Para isso, o projeto deve realizar a ampliação de minas em operação e novas frentes de exploração.
Em Minas Gerais, a movimentação está acontecendo em relação à exploração de lítio na região. O presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM) e vice-presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Marcos Vinicius, defende que parte dos impostos arrecadados no Vale do Jequitinhonha (MG) seja reinvestido no beneficiamento do mineral. Ele sugeriu também que seja criado um Arranjo Produtivo Local (APL), ou seja, um conjunto de empresas, produtores e instituições que, dentro do mesmo território, mantém elos de cooperação com produtos semelhantes e que participam da mesma cadeia produtiva, em vista de beneficiar o mineral extraído nesta região.
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