Novos caminhos para a transição energética brasileira estão sendo traçados
10/01/2025
Em 2024, o Brasil entregou oficialmente às Nações Unidas a atualização da sua Contribuição Nacionalmente Determinada ao Acordo de Paris, prevendo chegar a 2035 com uma redução de 59% a 67% das suas emissões em comparação com 2005. Para isso, o governo federal indicou que o país focará os biocombustíveis para o transporte, apoiará o cronograma para substituição gradual de petróleo, gás e carvão e será alicerçado no mercado de carbono já aprovado.
Outras iniciativas estão sendo analisadas e pontuadas como aliadas a transição energética no país. Uma delas foi apresentada em um estudo do Observatório do Clima (OC), que indica que a indústria brasileira pode reduzir os 35% do seu consumo energético dependente de derivados de petróleo e carvão mineral para cerca de 1% até 2050, caso amplie a participação de biomassa e de eletrificação nos seus processos. Segundo o relatório, os setores de cimento e química, por exemplo, têm a possibilidade de reduzir 80% das emissões de gases de efeito estufa em comparação com o cenário atual.
Na Missão 5 do programa Nova Indústria Brasil (NIB), diesel verde e combustível sustentável de aviação (SAF), hidrogênio de baixa emissão de carbono, biometano, aço e cimento verde, aerogeradores e painéis solares serão as seis principais cadeias para investimentos que aumentarão a sustentabilidade na indústria brasileira. Para isso, foram anunciados o montante de R$ 468,38 bilhões de recursos públicos e privados com foco em bioeconomia e descarbonização.
Quando se fala em capital, o Fórum Econômico Mundial trouxe estimativas importantes para uma economia mais verde. Segundo análise da entidade, os setores de aço, alumínio, cimento, produtos químicos primários, petróleo e gás, aviação, transporte marítimo e rodoviário irão precisar de um investimento de US$ 30 trilhões a mais para atingir a meta de zero líquido até 2050. Estes oito setores juntos respondem por cerca de 40% das emissões globais de gases de efeito estufa e são essenciais para limitar o aumento da temperatura a 1,5 °C até o fim do século.
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