Nova plataforma digital para o mercado de gás brasileiro

A união entre o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o Ministério de Minas e Energia (MME), o Movimento Brasil Competitivo (MBC) e a Fundação Getúlio Vargas (FGV) - com o suporte técnico, permitiu a criação do Observatório do Gás Natural, uma plataforma digital que está em desenvolvimento e que reunirá informações e dados estratégicos sobre o mercado de gás natural no país, oferecendo mais transparência para investidores, governo e operadores.

O segmento de gás no Brasil tem sido um tema central entre os industriais por conta das projeções positivas, como a feita pelo CEO da Edge, Demétrio Magalhães. O executivo aponta estimativas de que o mercado livre de gás alcance um patamar de até 15 milhões de metros cúbicos por dia até o fim deste ano, um crescimento exponencial diante dos atuais 9 milhões produzidos. “Vemos hoje uma demanda por migração. Tem reguladores estaduais em níveis diferentes de maturidade, tem reguladores que avançaram muito bem nas suas regulações, propiciando o ambiente para a migração do mercado livre”, analisa Magalhães.

Por outro lado, os obstáculos também estão sendo observados. Conforme Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, é preciso baixar o custo das infraestruturas do gás natural e rever as condições dos contratos das transportadoras e das distribuidoras (de competência dos estados). Da mesma forma, o estudo “Gás Natural: uma avaliação da abertura do mercado brasileiro sob competência da União”, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), apontou as barreiras para a concorrência e a redução dos preços do gás natural no país, como os atrasos, a falta de acesso à infraestrutura e a baixa concorrência.

No painel “Gás Natural e Biometano: qual o mercado que queremos?”, na live de abertura da gas week 2025, realizada pela agência eixos, especialistas indicaram que um dos maiores desafios da agenda do setor de gás natural em 2025 será conciliar a questão dos novos investimentos na malha de gasodutos com a pressão por redução do custo do gás natural, levando em conta a revisão tarifária das transportadoras. Para tal, é essencial focar no lado da demanda, com especial atenção para a (re) contratação das termelétricas no leilão de reserva de capacidade.

Saiba mais nos sites Eixos, Portal da Indústria e Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.