Menos ruídos nos parques eólicos com maquinários “sem movimento”

21/11/2024

Sobre a energia renovável no mundo, os números continuam subindo e a previsão é que 5,5 TW de capacidade renovável seja instalada entre 2024 e 2030, quase três vezes a mais que o aumento observado entre 2017 e 2023, segundo a Agência Internacional de Energia. Apenas as energias solar fotovoltaica e eólica serão responsáveis em dobrar sua participação no mix global de eletricidade para o valor de 30% até o final da década.

Para consolidar especialmente o mercado de energia eólica, ainda é preciso enfrentar um de seus maiores obstáculos: os ruídos produzidos pelas turbinas. Com isso, surgem novas tecnologias, como o projeto de energia eólica “sem movimento” proposto pela empresa norte-americana Aeromine Technologies. Sendo mais silencioso e um pouco mais seguro para as aves, o primeiro sistema de energia eólica "sem movimento" foi instalado num telhado em Oxford, no Reino Unido. Como funciona? Ele é composto por aerofólios verticais que criam um efeito de vácuo, atraindo o vento para uma hélice interna para gerar eletricidade. Além disso, o sistema tem capacidade escalável e funciona perfeitamente em conjunto com os sistemas solares.

Sobre esse setor, o Brasil apresenta algumas novidades. Primeiramente, os incentivos relacionados ao marco legal do hidrogênio podem beneficiar grandemente o desenvolvimento das eólicas offshore, segundo avaliação de Roberta Cox, diretora de políticas do Global Wind Energy Council (GWEC). Ela afirma: “A partir do momento que você incentiva uma planta de hidrogênio verde, ela pode ser alimentada por [energia] solar ou eólica offshore. Se você tiver um barateamento de um lado, o complexo todo pode ser beneficiado se esses incentivos realmente conseguirem trazer um resultado substancial”.

Outro ponto é que a indústria brasileira tem a pretensão de exportar equipamentos e serviços para geração eólica em países vizinhos. Para tal, é preciso eliminar as principais barreiras nesse comércio como a alta tributação, as dificuldades logísticas e as questões relacionadas aos modelos de financiamento para projetos de exportação. Para a presidente da Abeeólica, Elbia Gannoum, o desenvolvimento das eólicas offshore no Brasil pode alimentar também a cadeia de fornecedores do petróleo e gás.

Leia mais nos sites Eixos e Euro News.

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