Mais investimento verde para o Brasil com lançamento de plataforma digital

21/11/2024

O que seria uma transição energética mais eficiente? Segundo análise de Gabriel Rédua, head de Etanol do Grupo Delta Energia, uma boa transição energética é aquela em que há a coexistência de múltiplas fontes. Para o Brasil, esse processo requer o planejamento das regulações, bastante diplomacia, força concentrada e apoio mútuo de diversos agentes para que o potencial do país de ser um provedor de soluções e tecnologias globais seja absorvido.

Em vista dessa meta, foi lançada uma nova plataforma de investimentos voltada à agenda verde do Brasil. Gerida pelo BNDES e elaborada pelo governo federal, em parceria com o Ministério da Fazenda do Brasil, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança Climática, o Ministério de Minas e Energia e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços em conjunto com a Bloomberg Philanthropies, a Aliança Financeira de Glasgow para o Net Zero (GFANZ) e o Fundo Verde para o Clima (GCF), a Plataforma Brasil de Investimentos Climáticos e para a Transformação Ecológica (BIP) promete apoiar projetos e programas em setores essenciais que estejam alinhados com os Planos de Transformação Ecológica e Climática do país. De início, o foco dos investimentos será nas soluções baseadas na natureza e na bioeconomia.

De fato, a meta mundial de triplicar renováveis até o ano de 2030 (mais 1.500 gigawatts [GW] de capacidade de armazenamento de energia e mais 25 milhões de km de redes) ainda é possível de ser alcançada, porém, alguns importantes desafios precisam ser enfrentados. Conforme relatório da Agência Internacional de Energia, os governos ao redor do mundo precisam tornar a eficiência energética uma prioridade política e devem se concentrar em ações específicas. Ademais, as estratégias precisam ser diferentes segundo cada país, considerando as realidades locais. Os especialistas afirmam que dos 1.500 GW de capacidade de armazenamento de energia necessários, 1.200 GW precisam vir do armazenamento em bateria, 15 vezes mais que o nível atual.

O apoio entre os países pode fazer toda a diferença nesse cenário, como é o caso da Alemanha, que decidiu apoiar a agenda de transição justa do Brasil no G20. Para isso, o país defende a reforma da arquitetura financeira internacional, algo essencial para acelerar o fluxo de investimentos sustentáveis para os países emergentes. Há a necessidade de reformar a governança das instituições financeiras multilaterais para que se aflore uma economia mundial mais diversa e, assim, os investimentos possam chegar a países como o Brasil.

Saiba mais nos sites Eixos e Revista Exame.

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