

Leilão de hidrogênio verde: Brasil tem grandes chances de conquistar lote!
04/04/2025
O segundo leilão global de hidrogênio verde, o H2Global, será realizado este ano e, na disputa, serão apresentados cinco lotes: quatro regionais e um global. Entre eles, um pode dar ao Brasil uma grande oportunidade de expansão no mercado internacional do insumo. Para Bruno Galvão, especialista em direito regulatório e ESG do escritório alemão Blomstein, o país tem grandes chances de ser o ganhador do lote América do Sul, pois apresenta propostas mais maduras para o estabelecimento do mercado de hidrogênio verde.
Enquanto a presença do Brasil nesse segmento cresce no mundo, internamente, as possibilidades do uso do hidrogênio verde continuam aparecendo. O país tem o potencial para liderar o uso de energia elétrica obtida a partir de hidrogênio verde, tornando-se a vanguarda tecnológica desse tipo de operação. As principais vantagens do Brasil são: um sistema interligado de energia elétrica robusto, um mercado de biocombustíveis consolidado e seu enorme potencial para a geração de energia renovável. Ao adotar essa tecnologia, o Brasil poderá produzir energia elétrica 100% limpa, um grande feito na corrida pela descarbonização e sustentabilidade do setor.
O Programa Nacional de Desenvolvimento do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono (PHBC), lançado pelo governo e baseado em um capital de R$ 18,3 bilhões, terá como prioridade a descarbonização da indústria brasileira. A maioria dos projetos de desenvolvimento do mercado de hidrogênio no país estão focados na exportação, porém, o governo acha prejudicial não haver um esforço para as cadeias nacionais. Estão sendo estudados como os incentivos serão distribuídos, sendo analisados diferentes modelos de leilão, como certames específicos para produtores, compradores ou combinados.
Para tal estruturação, será imprescindível o estabelecimento de acordos com países estratégicos, como é o caso da Associação Brasileira da Indústria de Hidrogênio Verde (ABIHV) e o Banco Japonês para Cooperação Internacional, que assinaram um acordo de cooperação no setor de hidrogênio e seus derivados. Com essa união, será possível acelerar diversos projetos para o desenvolvimento da cadeia de suprimento de hidrogênio e seus derivados, como a amônia.
Saiba mais nos sites Eixos e Revista Exame.
