Indústrias da América Latina podem crescer com transição energética
07/06/2024
Quando o assunto é a descarbonização das operações industriais por meio de uma matriz elétrica mais limpa, a China desponta como o país líder em investimentos renováveis, com probabilidades de quintuplicar suas instalações em energias limpas até o ano de 2050. No entanto, isso não significa que o Brasil e outros países da América Latina não estejam atentos a essa corrida pela transição energética.
De acordo com uma pesquisa inédita da Aggreko, realizada com os setores elétrico e de infraestrutura de 13 países da América Latina, a transição energética é encarada como uma ótima oportunidade de negócio para 65% dos entrevistados. Porém, parte deles (35%) acreditam que é necessário investimento estrutural para que o avanço em fontes renováveis aconteça na região, como mais investimentos em soluções de armazenamento de energia para os parques eólicos e solares.
Concordando com esses respondentes, um levantamento do Banco Mundial indicou que a melhor forma de alavancar o potencial da América Latina no mercado de carbono está na atenção aos seus principais obstáculos, como educação, infraestrutura e custo de capital. Para isso, o relatório recomenda que sejam fortalecidas as agências de competição, que haja mais apoio a políticas de inovação e maior aprimoramento das habilidades gerenciais.
Enquanto trabalha nessas questões, o Brasil também se prepara para as mudanças iniciadas em outros países que afetam diretamente o país, como é o caso do imposto sobre carbono da União Europeia e Reino Unido. Para isso, foi promovido um debate pelo Grupo Trabalho Interministerial de Comércio e Sustentabilidade da Camex para mostrar como o governo irá apoiar as empresas brasileiras na adaptação à implementação do CBAM da União Europeia e na elaboração do CBAM do Reino Unido, que está em discussão.
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