Gêmeos digitais e IA para impulsionar parques eólicos offshore no Brasil

12/02/2025

Alinhado aos objetivos do Brasil para a conferência climática COP30, foi sancionada a lei para exploração da energia eólica offshore no país. Essa iniciativa abre caminho para a realização do primeiro leilão de cessão de uso de áreas no mar em 2025. Segundo Elbia Gannoum, presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), o Brasil demonstra um grande potencial para exploração de energia eólica offshore, especialmente nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul, com mais de 100 projetos em estados iniciais, que somam 244 GW de potência.

De olho nessas movimentações, uma das maiores bigtechs de chips de inteligência artificial, a Nvidia, firmou uma parceria no país para a gestão e operação de parques eólicos offshore. Junto com a Pix Force, Tidewise e o CPQD, a bigtech pretende lançar a plataforma "Omniverse" que utiliza gêmeos digitais e IA para melhorar a eficiência, segurança e sustentabilidade na geração de energia renovável nas áreas marítimas. O sistema seria um tipo de "laboratório virtual" que pode simular, testar e monitorar, em tempo real, todas as operações do parque em alto-mar. Com a coleta de dados no ambiente físico das turbinas, a IA trabalha para ajudar a tomar as decisões mais rápidas e seguras e transformar isso em modelos virtuais.

Mesmo com todos esses avanços, segundo dados da ABEEólica, a instalação de novas usinas eólicas no país registrou 3,3 gigawatts (GW) de potência em 2024, um índice 31,25% menor que o registrado em 2023. A sobreoferta de energia no país nos últimos anos possivelmente fez esse número cair, porém, a expectativa é que, em 2027, com maior crescimento econômico e novos “drivers” de demanda, como os setores de data centers e hidrogênio verde, o mercado de energia eólica brasileiro se expanda com mais força e presença.

Conforme análise da BloombergNEF, a demanda de data centers e hidrogênio irão incentivar contratos de compra de energia solar e eólica já em 2025. A consultoria estima que o Brasil registre mais de 2 gigawatts (GW) em contratos corporativos de compra de energia solar e eólica, os chamados PPAs (em inglês, power purchase agreements). Outro fator que vai alavancar estes setores é a previsão de demanda por energia no país que, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), deve chegar a 82,7 GW em 2025, um acréscimo de 3,5% em relação a 2024.

Saiba mais nos sites Eixos, Revista Exame e CNN Brasil.

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