Energia eólica offshore pode proteger o país em períodos de seca

As mudanças climáticas têm trazido grandes preocupações sobre o suprimento de energia do Brasil já que há uma grande dependência em relação às hidrelétricas, e os períodos de seca ao longo do ano têm aparecido com maior frequência e piorado a crise hídrica. Diante disso, é importante buscar alternativas e soluções viáveis para lidar com essa situação.

Felizmente, conforme conclusão em um estudo elaborado pelo Banco Mundial junto com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), as eólicas offshore podem se tornar importantes opções de suprimento energético para o Brasil durante períodos de seca. Elas podem representar um tipo de “proteção energética” por conseguirem atenuar a variabilidade da geração hidrelétrica ao longo do ano, tornando-se “a nova energia hidrelétrica do Brasil”, conforme indica a pesquisa.

Porém, para que esse potencial seja devidamente aproveitado, faz-se necessário uma política industrial específica e a aprovação de projetos de lei que incentivem a atividade. Essa pontuação foi trazida por Elbia Gannoum, presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica) que alerta como esse segmento, ao mesmo tempo que bate recordes em relação a novas instalações de usinas, vive sua maior grave crise setorial. A executiva comenta: “O Brasil precisa realmente valorizar a sua indústria e criar os mecanismos adequados para que essa indústria permaneça sustentada no longo prazo”.

Somando-se a essa perspectiva, dois estudos publicados pela EPE sobre as condições de desenvolvimento da tecnologia no país resultaram em uma nota técnica que recomenda que não sejam cobrados royalties de projetos relacionados a eólicas offshore, dado que o recurso é renovável e tal compensação financeira só deve ser aplicada a recursos finitos e não renováveis. A pesquisa, no entanto, destaca outros modelos de ganhos, como o bônus de assinatura, a participação especial e o pagamento pela ocupação ou retenção de área.

Saiba mais nos sites CNN Brasil e epbr.