

Descubra como a inteligência artificial está transformando as operações de aço
21/04/2025
A parceria entre o hub de inovação da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) e a Gerdau permitiu reduzir em um terço o tempo necessário para a contagem de pragas exóticas das florestas de eucalipto - necessário para a produção de um aço mais sustentável -, por meio do uso da Inteligência Artificial (IA). A tecnologia foi desenvolvida pela startup IA Sense. que consegue fazer o monitoramento e manejo integrado de pragas, aumentando a produtividade das florestas de eucalipto, sem prejudicar o meio ambiente.
Outra empresa que apostou no uso da IA para suas operações foi a ArcelorMittal que tem aplicado a tecnologia para supervisionar a qualidade das bobinas de aço. O sistema se chama Standard Coil e foi implantado nas companhias da América Latina. Com ele, os resultados foram surpreendentes na unidade de Resende, no Rio Janeiro. Houve queda de 30% nas ocorrências de retrabalho e baixa de 70% na quebra de estoque. Além disso, o algoritmo alcançou 88% de assertividade e contribui para um Índice de Qualidade (IQ) de 99,70%.
Com o apoio das tecnologias, o desenvolvimento do mercado de aço verde pode continuar despontando no país. A empresa Aço Verde do Brasil (AVB), em 2024, passou por um crescimento de 6,8% na receita líquida, totalizando um capital de R$ 1,84 bilhão. O volume de vendas de laminados subiu 1,8% e o total de aço comercializado, incluindo os semiacabados, avançou 10,7%. Sobre as vendas de vergalhão e fio-máquina, os índices apresentam alta também, especialmente impulsionada pela demanda na região Sudeste.
De fato, conforme pesquisadores do Laboratório da Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos, que conduziram o Net Zero Industrial Policy Lab, o Brasil pode se tornar líder na produção de aço de baixo carbono a preços competitivos. Para isso, o país precisa aproveitar as suas vantagens competitivas para desenvolver uma forte indústria verde até 2050, sendo necessário investir em políticas de descarbonização e no fortalecimento de setores estratégicos. "A descarbonização é um imperativo e está se tornando um imperativo econômico também. O Brasil se destaca porque pode receber muito powershoring", afirma Renato H. de Gaspi, membro do grupo de trabalho do laboratório da Johns Hopkins focado no Brasil.
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