Descubra as mudanças no mercado de gás com a aprovação do Plano Nacional Integrado do Gás
18/10/2024
Dentro da transição energética brasileira, o mercado de gás tem despontado como uma grande potência, dado que o número de indústrias no mercado livre de gás mais que dobrou no ano de 2024. Segundo levantamento realizado pela agência eixos, pelo menos, nove consumidores industriais estrearam no ambiente livre este ano, como é o caso da Suzano, no Espírito Santo, e da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), no Rio de Janeiro.
Impulsionando ainda mais esse cenário, foi aprovado o novo decreto regulamentador da Lei do Gás, o Plano Nacional Integrado das Infraestruturas de Gás Natural e Biometano. Uma das principais mudanças com essa publicação é a posição da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) no planejamento do setor. Seus estudos deixam de ser apenas indicativos e passam a assumir um papel mais ativo, como parte do planejamento da expansão das infraestruturas e na proposição de projetos aos agentes do mercado. A EPE passará a indicar as melhores alternativas de expansão das infraestruturas, analisadas de maneira sistemática.
De fato, o mercado de gás tem sido visto como um diferencial para tornar a indústria brasileira mais forte e competitiva, como indicou a fala do diretor de Relações Institucionais da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Roberto Muniz, que alertou sobre a importância de aumentar a concorrência no setor e baratear seu custo e o preço final do gás no Brasil. “O gás traz a capacidade de podermos voltar a sonhar com uma indústria forte e competitiva. Temos que trabalhar para que a gente seja um celeiro de produção de energia e que o gás natural possa se inserir nesse potencial energético do Brasil”, destacou o executivo.
Ademais, a EPE elevou sua projeção de crescimento da demanda por gás natural no Brasil, com previsão de aumento de 3,2% ao ano no consumo do mercado não termelétrico, em comparação com os 2,5% ao ano previstos em um estudo anterior. Ainda segundo o Caderno de Gás Natural do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE), a demanda por gás natural crescerá 36,6% no Brasil em dez anos no mercado não termelétrico, um cenário que inclui o consumo em indústrias, postos de GNV, comércio e residências.
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