Conheça o Painel Dinâmico de Emissões de Gases de Efeito Estufa para o mercado de gás

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) lançou uma ferramenta que irá monitorar e analisar as emissões do setor de exploração e produção de petróleo e gás no Brasil, o Painel Dinâmico de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE). Como parte da agenda da ANP para regulamentar e reduzir as emissões de metano, o painel permitirá a visualização de dados comparativos entre as bacias marítimas e terrestres e destacará a participação proporcional do metano nessas emissões.

Com essa novidade, o mercado de gás brasileiro ganha mais destaque, já que há perspectivas de crescimento do biometano e do mercado livre de gás dentro da agenda regulatória dos estados em 2025. Segundo análise da gas week, promovida pela Agência Eixos, o ano será marcado ainda pela revisão tarifária das distribuidoras de gás canalizado dos dois maiores centros de consumo do país: São Paulo (Comgás, Necta e Naturgy) e Rio de Janeiro (CEG e CEG Rio). Enquanto isso, no Espírito Santo, a ES Gás passará pela primeira revisão desde sua privatização.

A ANP trouxe uma importante discussão para esse mercado durante a consulta prévia sobre as tarifas de transporte de gás natural. Ampliando o debate, a agência propôs a criação de tarifas diferenciadas em certas condições, como para projetos de estocagem, transporte de curta distância (short haul) e termelétricas. Outras ideias compartilhadas nesse encontro foram a possibilidade de incorporar a tipologia Sustaining Capex (despesas de capital necessárias para manter a capacidade nos níveis existentes) na rubrica capex da proposta tarifária, além da definição da metodologia para valoração da BRA das transportadoras.

No Rio de Janeiro, houve um encontro direcionado para esse mercado, “Perspectivas do gás no Rio 2024-2025". Reunindo especialistas, empresários e representantes de órgãos públicos, o evento discutiu estratégias de fornecimento para desenvolver o mercado e ajudar a alcançar novas demandas. Alessandro Monteiro de Menezes, diretor de Regulação da Naturgy Brasil, analisou o sucesso do comércio de gás no Rio de Janeiro: “É o estado produtor de 70% do gás do país. Temos hoje, no Rio de Janeiro, três grandes clientes que migraram para o mercado livre: CSN, Gerdau e Ternium. São Paulo pode ter mais clientes, mas nosso volume é maior. Apenas a CSN faz aquisição de gás em volume superior à maioria dos estados da nação. Isso muda tudo”.

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