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Combustíveis verdes e enormes investimentos são previsões para a marinha em 2025
28/01/2025
O setor naval fechou o ano de 2024 com investimentos aprovados no valor de R$ 30,8 bilhões para a execução de mais de 430 novos projetos, que incluem: construção de embarcações; reparos; docagens; modernização de unidades existentes; ampliação de estaleiros; e novas infraestruturas portuárias. Somando-se a essa revitalização, o governo federal anunciou R$ 4 bilhões de capital para a construção de uma nova frota para a navegação interior, com 400 balsas e 15 empurradores, que serão entregues nos próximos quatro anos.
De fato, essa transformação do setor naval precisa ser acompanhada também por medidas de descarbonização, dado que a IMO, órgão regulador global da indústria, aprovou a Estratégia de Redução de Gases de Efeito Estufa dos Navios que indica a necessidade de reduzir, até 2030, as emissões anuais totais de gases de efeito estufa feitas pelo transporte marítimo internacional em pelo menos 20% em comparação com 2008. Várias alternativas estão sendo debatidas, como navios elétricos, com combustíveis verdes e com combustíveis fósseis combinados com dispositivos de captura de carbono.
Dentro da opção dos combustíveis verdes, o Brasil saiu na frente com a construção de uma estratégia para combustíveis marítimos sustentáveis em 2025. Um comitê dedicado à descarbonização marítima começou seus trabalhos em dezembro de 2024 e deve entregar as conclusões em maio de 2025. O objetivo é lançar uma estratégia nacional alinhada com as definições da IMO. O comandante da Marinha e assessor da Comissão Coordenadora para os Assuntos da IMO, Flavio Mathuiy, afirma: “A base de trabalho do comitê tem que refletir a estrutura desse mercado. É uma indústria hard to abate (difícil de abater), não vai ter uma solução única, vai ter uma solução multicombustível. Então essa solução multicombustível tem que ter por trás uma série de outras ações”.
No mundo, várias ações estão transformando o cenário da marinha, como a entrada em vigor do FuelEU Maritime, regras da União Europeia para descarbonizar o frete marítimo. Em sua primeira fase, de 2025 a 2029, os navios comerciais com arqueação bruta acima de 5 mil toneladas e que operem em portos do bloco precisam reduzir em 2% suas emissões por consumo de combustível fóssil. A Maersk já iniciou seu plano de renovação da frota com a assinatura de acordos com três estaleiros para a encomenda de um total de 20 navios porta-contêineres, com capacidades entre 9 mil e 17 mil TEUs, que são equipados com motores bicombustíveis.
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